DO MATADOURO AO MERCADO
O COMÉRCIO E O CONSUMO DE CARNE VERDE EM TERESINA NOS PRIMEIROS ANOS DA REPÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.5335/hdtv.25n.1.16609Palavras-chave:
Teresina, Comércio, Carne verdeResumo
Este texto analisa o comércio e o consumo de carne verde em Teresina entre 1890 e 1914, com foco nas condições sanitárias, nas práticas comerciais e no papel do poder público na regulamentação da oferta desse gênero alimentar. Baseada em jornais e relatórios oficiais, a pesquisa revela a precariedade estrutural do matadouro e do mercado público, que operavam em condições insalubres. As práticas comerciais eram frequentemente denunciadas na imprensa devido à manipulação de pesos e medidas e à baixa qualidade da carne ofertada. O comércio de carne em Teresina, nesse período, refletia os desafios da cidade em se modernizar, em meio às tensões entre poder público, comerciantes e consumidores.Downloads
Referências
ANDRADE, Andreia Rodrigues de. Do sertão à beira-rio: a transferência da capital do Piauí e a Teresina oito¬centista. Teresina: Cancioneiro, 2023.
CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira. O comércio de abastecimento de carnes verdes para o Rio de Janeiro no início do século XIX: uma via para a acumulação mercantil. Revista de Economia Política e História Econômica, n. 42, jul. 2019.
CHAVES, Monsenhor. Obra completa. Teresina: Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, 2013.
FREITAS, Clodoaldo. História de Teresina. 2 ed. Organização, apresentação e notas de Teresinha Queiroz e Ronyere Ferreira. São Paulo: Mentes Abertas, 2020.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Sinopse Estatística do Estado do Piauí I; Ano II. Imprensa Oficial: Teresina, 1936.
LINHARES, Maria Yedda Leite. História do Abastecimento: uma problemática em questão (1530-1918). Brasília: Binagri, 1979.
LOPES, Rodrigo F. Políticos, militares ou monopolistas? Um olhar sobre o abastecimento de carne verde na Bahia oitocentista. Temporalidades, v. 1, n. 2. Belo Horizonte: UFMG, ago./dez. 2009.
MATTOSO, Kátia Maria de Queiroz. Bahia: a cidade de Salvador e seu mercado no século XIX, 1978, apud LINHARES, Maria Yedda Leite; SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. História da Agricultura Brasileira: combates e controvérsias. São Paulo: Brasiliense, 1981.
PIAUÍ. Relatório Com que o Sr. vice-governador do Piauí Dr. Joaquim Nogueira Paranaguá entregou a respectiva administração ao Sr. Dr. Gabino Besouro no dia 23 de agosto de 1890. Teresina: Tipografia de Honorato Souza, 1890.
QUEIROZ, Teresinha de Jesus Mesquita. Os literatos e a república: Clodoaldo Freitas, Higino Cunha e as tiranias do tempo. Teresina: EDUFPI, 2011.
SENA, Divino Marcos de; NOGUEIRA, Luiz Gabriel de Souza. “Gado para o consumo”: comércio de carne verde e açougueiros em Corumbá (1870-1888) – Província de Mato Grosso. Revista Territórios & Fronteiras, Cuiabá, v. 6, n. 2, p. 142-165, jul./dez. 2013.
SILVA, Fabrício Herbeth Teixeira da. A disciplina e suas normas: a higienização da carne e dos estabelecimentos e a atuação dos açougueiros e marchantes em Belém na virada do XX. Outros Tempos, v. 8, n. 12, dez. 2011.
TERESINA. Código de Posturas do Conselho Municipal de Teresina de 1912. Teresina: APeCH/UFPI, 1998. Transcrição feita por Francisco Alcides do Nascimento, a partir do original depositado no Arquivo Público do Estado do Piauí (APEPI).
Jornais:
A Legalidade, 1892.
Cidade Verde, 1912.
Diário do Piauhy, 1911, 1912, 1913 e 1914.
Estado do Piauhy, 1890.
Estafeta, 1898.
Nortista, 1901.
O Apóstolo, 1907, 1908, 1909, 1910 e 1911.
O arrebol, 1925.
Piauhy, 1910.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista História: Debates e Tendências
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Todos os artigos estão licenciados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
