Cidadania e educação na Política de Aristóteles

Autores

  • Angelo Vitório Cenci Universidade de Passo Fundo

DOI:

https://doi.org/10.5335/rep.v14i2.7581

Palavras-chave:

Cidadania. Educação. Política. Ética.

Resumo

O presente texto explora os vínculos existentes entre as noções de cidadania e educação na Política, de Aristóteles. Procura-se fazer uma incursão pelos livros desta obra, na qual os dois temas ocupam lugar de destaque, tais como o III, sobre o status do cidadão, e o VII e o VIII, em que o filósofo dedica um espaço privilegiado à sua concepção de educação. Na abordagem de Aristóteles a polis assume um sentido genuinamente educativo, sendo apresentada como o espaço, por excelência, onde a realização plena do ser do homem pode concretizar-se, e a cidadania pressupõe, ao menos, duas condições fundamentais e estritamente interligadas: possuir tempo livre e fazer parte da polis. As noções de cidadão e de tempo livre remetem, por sua vez, ao papel e às especificidades da educação dentro da polis, que possui um papel central na formação do cidadão e é pública e igual para todos os homens livres. A questão norteadora da preparação do cidadão, na medida em que o espaço de atuação deste é a polis, diz respeito à relação entre o indivíduo e a polis, a saber: Pode a polis ser ética se os cidadãos não o forem? As qualidades de um homem bom devem ser as mesmas de um bom cidadão? A formação de bons hábitos e o recurso a boas leis é o que definirá o ideal educativo aristotélico, de modo que para ser ética a polis dependerá do caráter dos cidadãos e da participação destes em tal esfera.

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Publicado

20-11-2017

Como Citar

CENCI, A. V. Cidadania e educação na Política de Aristóteles. Revista Espaço Pedagógico, [S. l.], v. 14, n. 2, 2017. DOI: 10.5335/rep.v14i2.7581. Disponível em: https://seer.upf.br/index.php/rep/article/view/7581. Acesso em: 14 out. 2024.