Deslizamentos nos modos de exclusão e a emergência do capacitismo
DOI:
https://doi.org/10.5335/rep.v29i1.13442Palavras-chave:
Capacitismo; segregação; produção de verdadeResumo
Este ensaio discute a construção das categorias de anormalidade/normalidade a partir das quais se constituem e se validam práticas segregacionistas. Utilizamos para tal análise o referencial teórico de Michel Foucault em diálogo com o conto O alienista, de Machado de Assis. Tais conceitos se imbricam com a história da loucura e da educação especial. As práticas classificatórias são compreendidas como um modo de assinalar quem pode ou não circular socialmente. Nesse contexto, evidencia-se o capacitismo como preconceito contra as pessoas com deficiência, sendo produzido a partir da comparação com os corpos considerados capazes de atender aos atuais modos de produção capitalista. Essa construção social da incapacidade é tomada como verdade e se presentifica no contexto escolar através da exclusão de alunos com deficiência, encaminhados para espaços segregados. Michel Foucault aponta para as estruturas sociais que se reiteram por deslizamento nos modos e nas formas, sendo necessário que se criem brechas nesses discursos para que a produção de diferença possa emergir.Downloads
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Publicado
29-09-2022
Como Citar
HICKEL, N.; MÖRSCHBÄCHER, J. S. Deslizamentos nos modos de exclusão e a emergência do capacitismo. Revista Espaço Pedagógico, [S. l.], v. 29, n. 1, p. 15-42, 2022. DOI: 10.5335/rep.v29i1.13442. Disponível em: https://seer.upf.br/index.php/rep/article/view/13442. Acesso em: 8 jul. 2025.
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Artigos
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