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CHAMADAS PARA DOSSIÊS, vol. 31, 2024
Submissões: 01/02/2024 a 30/09/2024
Dossiê - Decolonialidade das consciências e a educação: contribuições de Paulo Freire, Amílcar Cabral, Elli Benincá e Albert Memmi
Orgs.: Crispina Gomes (Cabo Verde); José Jackson Reis dos Santos (UESB); Telmo Marcon (UPF)
Ementa: Paulo Freire nasceu em Recife, Pernambuco, Brasil, em 19 de setembro de 1921 e faleceu em 2 de maio de 1997. Amilcar Cabral nasceu em 2 de setembro de 1924, em Bafatá, Guiné-Bissau e assassinado em 20 de janeiro de 1973. Elli Benincá nasceu em Severiano de Almeida, Rio Grande do Sul, Brasil, em 20 de julho de 1936 e faleceu em 7 de fevereiro de 2020. Albert Memmi nasceu em 15 de dezembro de 1920 em Tunes, Tunísia, e faleceu em 22 de maio de 2020. Por caminhos próprios, esses pensadores contribuíram com inúmeras discussões, entre as quais, as transformações das consciências ingênuas em consciências críticas. O legado que esses autores deixaram para a educação continua a instigar muitas pesquisas e reflexões. A Revista Espaço Pedagógico abre espaço para que a voz desses intelectuais que tanto lutaram para que as pessoas assumissem a condição de sujeitos, livres e emancipados, superando a condição de oprimidos ou colonizados, seja expressa através de artigos, resenhas, além da sessão Diálogo com educadores. Nesse sentido, propõe-se iniciar um diálogo com os quatro interlocutores indicados, visando aprofundar a temática proposta, mas, também, pensando na contribuição em pesquisas futuras sobre questões, temas e problemas que trataram, sobretudo, dos debates decoloniais.
Dossiê - Inovação, tecnologia e formação
Orgs.: Claudio A. Dalbosco; Cátia Piccolo Viero Devechi; Enrique Sérgio Blanco
Ementa: Em um contexto social fortemente marcado pelo discurso neoliberal que fomenta os avanços tecnológicos e a inovação como meio de manter sempre girando a roda da produtividade e do lucro, é imprescindível perguntar pelo impacto desse discurso e das práticas por ele fomentadas nos modos de compreender e organizar a vida individual e coletiva. De modo mais pontual, olhando mais diretamente para o campo educacional, convém questionar os limites da própria noção de inovação, marcadamente tecnológica, em face de uma ideia ampliada de formação humana. Qual o sentido predominante da inovação no discurso neoliberal que invade o campo educacional? Como pensar a inovação para além do desenvolvimento tecnológico e do produtivismo? Qual o impacto das inovações tecnológicas, sobretudo da inteligência artificial, para a formação humana? De que inovação a formação precisa, afinal? E, inversamente, de que formação carece a inovação? Sobre esse conjunto amplo de questões, às quais podem se somar muitas outras, é que o dossiê “Inovação, tecnologia e formação” busca reunir algumas contribuições.
Dossiê - O lugar da pesquisa no exercício da docência
Orgs.: Miguel da Silva Rossetto (UPF); Betina Schuler (UNISINOS)
Ementa: Nas últimas décadas o Brasil vem vivendo uma significativa expansão do número de programas de pós-graduação stricto sensu. Da mesma forma, cresce o número de alunos vinculados a eles. O país passou de 67.820 alunos em 1996 para 112.327 em 2023, sendo que a maior fatia pertence às ciências humanas*. Contudo, o crescimento quantitativo não inibiu o avanço qualitativo, o que foi especialmente demonstrado pelos resultados da avaliação Quadrienal da Capes 2017-2020, que revelam aumento de 37% na excelência acadêmica destes programas**. Neste sentido, parece importante nos perguntarmos se a trajetória acadêmica e as produções intelectuais resultantes das pesquisas realizadas têm produzido impactos importantes no exercício da ação docente, seja na pós-graduação, na graduação ou na educação básica. Se sim, que relações são essas estabelecidas entre a pesquisa e o exercício da docência e quais seus efeitos? Se não, por que essa relação não ocorre? Seria possível e conveniente fazer da pesquisa um princípio transversal na prática docente e na postura pedagógica da universidade ou da escola? Ou as atividades de ensino são desconectadas das atividades de pesquisa? Elas implicam em capacidades complementares ou distintas do pesquisador e do professor? Todavia, se essa relação ocorre, em que medida podemos descrevê-la? A pesquisa contribuiria apenas para a atualização e para o ensino dos conteúdos científicos ou poderia ser considerada indispensável ao exercício da docência? Quais as implicações na prática docente quando a pesquisa é dispensada? Como esta temática vem sendo tratada, ao longo da história, no ensino superior e até mesmo pelas instituições de educação básica? Estas são algumas perguntas colocadas não para serem necessariamente respondidas, mas para fazerem pensar a relação entre a pesquisa em nível de stricto sensu e o exercício docente nas mais diversas dimensões.
* http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/180-estudantes-108009469/pos-graduacao-500454045/2583-sp-2021081601
** https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/2022/programas-de-excelencia-crescem-37-na-pos-graduacao