Semântica global e os planos constitutivos do discurso: a voz feminina na literatura de Rubem Fonseca

Autores

  • Ernani Cesar de Freitas
  • Débora Facin

Palavras-chave:

Discurso literário. Cenografia. Ethos discursivo. Conto

Resumo

Este artigo compreende uma interface entre a teoria enunciativo-discursiva e a escrita literária, especialmente quanto à finalidade de descrever e analisar o ethos discursivo depreendido do conto intitulado “Francisca”, personagem de Rubem Fonseca (2006). Tal aproximação se justifica pelo fato de que todo discurso literário é configurado por uma cenografia, condição que valida a narrativa e define o estatuto de enunciador e coenunciador. Um texto, literário ou não literário, constitui um rastro de um discurso no qual a fala é encenada. Teoricamente este estudo concentra-se na tese de Maingueneau (2004, 2008a, 2008b, 2010), quanto à abordagem de ordem linguística, e no Discurso literário, obra esta na qual Maingueneau (2006) dispõe de algumas propriedades que singularizam a escrita literária. Os procedimentos metodológicos utilizados correspondem à identificação das marcas deixadas no discurso as quais denunciam a imagem da personagem Francisca ante o casamento. Mediante o estudo da cenografia, o ethos identificado evidenciou uma voz feminina personificada em atitudes insólitas e definidoras do universo masculino.

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Publicado

10-05-2012

Como Citar

Freitas, E. C. de, & Facin, D. (2012). Semântica global e os planos constitutivos do discurso: a voz feminina na literatura de Rubem Fonseca. Revista Desenredo, 7(2). Recuperado de https://seer.upf.br/index.php/rd/article/view/2399

Edição

Seção

Artigos

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