Literatura, sentimentalismo e kitsch
Palavras-chave:
Sentimentalismo, Kitsch, Literatura contemporânea, Experiência estéticaResumo
O conceito de “sentimentalismo” é normalmente associado a emoções ternas, reconfortantes e suaves, como pena, simpatia, afeto, cuidado, compaixão e carinho. Boa parte das abordagens filosóficas usa o termo “sentimentalismo” para avaliar a experiência com certos tipos de literatura ou objetos kitsch. Nessas abordagens, o sentimentalismo é compreendido como declínio moral ou falha de sensibilidade estética, afetando nossa capacidade de fazer julgamentos razoáveis. Considerando isso, o artigo objetiva demostrar que as críticas levantadas contra o sentimentalismo formam uma “visão padrão” que é simplista e baseada em preconceitos advindos da linguagem filosófica. Ao mesmo tempo, aponta que a condenação do sentimentalismo é um comportamento sentimentalista de segunda ordem. Examina também como, na literatura contemporânea (exemplificada pela segunda fase da obra de Clarice Lispector), o kitsch e o sentimentalismo são utilizados como categorias decisivas para entender a complexidade da condição humana.Downloads
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