AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE POLIFARMÁCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
DOI:
https://doi.org/10.5335/rbceh.v16i2.10356Palavras-chave:
idosos, polimedicação, institucionalizaçãoResumo
Introdução: com o aumento da expectativa de vida da população, aumenta o contingente de portadores de doenças crônicas, que necessitam do uso de medicamentos.Porém,o grande número de medicamentos e as alterações inerentes ao processo de envelhecimento aumentam a vulnerabilidadeaos eventos adversos a medicamentos, seja por reações adversas, seja por interações medicamentosas¹. Objetivo: avaliar a prevalência de polifarmácia em idosos institucionalizados e quais as principais classes medicamentosas em uso. Metodologia: estudo transversal realizado em 2018 numa ILPI municipal, em Canoas,RS. Todos os idosos residentes a partir dos 60 anos participaram do estudo.Para a coleta de dados, foram analisadas as medicações de uso contínuo contidas nos prontuários de cada idoso e utilizado o critério de polifarmácia como sendo o uso de cinco ou mais medicamentos.Resultados: a amostra final foi de 48 idosos, sendo que apenas um foi excluído por ter idade inferior a 60 anos.A faixa etária variou entre 61 a 96 anos, sendo 45,8% do sexo masculino e 54,2% do feminino. Apenas 33,3% usa menos de 5 medicamentos, sendo que, nesse grupo, 50% utiliza 4. Ademais, 22,9% usam 5 medicamentos, 8,33% usam 6, 22,9% usam 7, 6,25% usam 8, 4,16% usam 9 e 2,08% usam 11, sendo esse o número máximo de medicamentos utilizado. Além disso, o sexo masculino apresentou uma média de 5,7 fármacos, enquanto o feminino de 5. Em relação aos medicamentos utilizados, 68,7% dos idosos toma algum anti-hipertensivo, 50% antiplaquetários, 43,7% inibidores seletivos de receptação da serotonina, 39,5% neurolépticos, 35,4% benzodiazepínicos, 35,4% anti-epiléticos, 23% hipoglicemiantes, 14,6% anti-parkinsonicos e 8,3% inibidores da colinesterase.Conclusão: os grupos de medicamentos mais utilizados na prática depolifarmácia refletem a alta prevalência de doenças cardiovasculares e diabetes entre a população idosa, assim como quadros de insônia, ansiedade e estados confusionais.No estudo realizado, também foram essas as doenças que implicaram num maior uso de medicações, apesar de a presença de diabetes não ter sido uma das mais prevalentes. Ademais, tendo em vista que 66,7% dos idosos da amostra apresentam polifarmácia, o estudo vai de encontro ao que a literatura revela sobre os altos índices de polifarmácia nessa população.Downloads
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Publicado
10-12-2019
Como Citar
Santos Menin, A., Melo Nepomuceno, C., & Cardoso Consoni, P. R. (2019). AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE POLIFARMÁCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS. Revista Brasileira De Ciências Do Envelhecimento Humano, 16(2), 10. https://doi.org/10.5335/rbceh.v16i2.10356
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Seção
Artigos Originais
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